Fonte: G1 Santos / Fernando Allende (*)

 

Encontro na minha caixa de e-mails um informe para jornalistas remetido no final da tarde de hoje (03) pela Comunicação Social da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Segundo o informe, a  Rohde Nielsen do Brasil Ltda. foi a primeira colocada no pregão eletrônico, realizado na manhã desta quinta-feira, para contratação da empresa que realizará a execução da dragagem de manutenção nos pontos mais críticos de assoreamento nos trechos identificados como 2, 3, 4 do canal de acesso ao estuário e de áreas destinadas aos berços (locais de atracação) no Porto de Santos. A Rohde Nielsen do Brasil Ltda. foi a vencedora do pregão eletrônico com a proposta de R$ 13,8 milhões para realizar o urgente aumento de calado.

 

Também participaram do pregão eletrônico e com propostas bem superiores à  Rohde Nielsen do Brasil Ltda., as empresas Van Oord Serviços de Operações  (R$ 21 milhões) e Jan de Nul do Brasil Dragagem (R$ 22,3 milhões). Segundo as regras do pregão eletrônico, a empresa vencedora deve apresentar até a próxima quinta-feira (10) as planilhas de custo, que serão examinadas pela diretoria da Codesp. A empresa espera pela aprovação das planilhas de custo porque elas serviram de base para a proposta vencedora. Mas as empresas vencidas no pregão eletrônico terão prazo de três dias, contados a partir do próximo dia 10, para interpor recursos tentando impugnar os custos apresentados pela Rohde Nielson do Brasil Ltda..

 

Mantida a proposta vencedora, a Rohde Nilsen do Brasil Ltda. deverá realizar obras de dragagem que aumentem em até três metros o calado nas áreas críticas do estuário do Porto de Santos, que não pode receber para atracação e operação navios de grandes tonelagens. O serviço que está sendo contratado pela Codesp pretende garantir a profundidade do canal até que entre em operação a segunda fase do Programa Nacional de Dragagem (PND2), que é desenvolvido pela Secretaria Especial de Portos. O informe da empresa me faz lembrar da Bandeirante Dragagem, com sede no Rio de Janeiro, que realizou trabalho idêntico há 18 anos, mas retirava do fundo do estuário apenas metade da lama contratada e produziu um imenso prejuízo aos cofres da Codesp.

 

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(*) Fernando Allende, jornalista