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13/10/2021 - 09h41

Um recorde que ainda não temos!

Fonte: A Tribuna On-line / Maxwell Rodrigues*
 
A razão da existência de qualquer setor econômico no mercado é o consumidor
 
A razão da existência de qualquer setor econômico no mercado é o consumidor. Essa lei não é diferente para o setor de serviços portuários. E como qualquer consumidor, os importadores e exportadores que utilizam toda a cadeia logística de transportes demandam alta qualidade, ou seja, exigem um serviço ágil, eficiente e com menor custo possível. Para atender essas necessidades não há outro caminho a não ser inovar.
 
Tanto os atores privados quanto os atores públicos, que estão envolvidos com o setor portuário, têm atuado em parcerias crescentes para atender à essa lógica de que a concorrência é o pilar dos mercados eficientes.
 
Essa mudança em curso, que está mexendo fortemente com o setor público brasileiro e incentivando os diversos players ligados ao setor de infraestrutura, possui um objetivo claro: melhorar os resultados dos serviços entregues à população. Diversos países já trilharam esse caminho e colhem ótimos resultados.
 
Não há dúvidas de que o Brasil é um país atraente para investimentos diretos. Seu tamanho continental somado às diversas oportunidades de negócios, em especial nos grandes projetos de infraestrutura portuária, o tornam a principal economia da América do Sul. Contudo, a participação do Brasil no comércio internacional é ainda tímida: o Brasil representa apenas 1,2% das exportações (27ª posição global) e 1% das importações (28ª posição global), conforme o último relatório da OMC. Por outro lado, essa pequena participação no mercado mundial revela o quanto é enorme o potencial para crescimento.
 
A movimentação de cargas conteinerizadas possui o crescimento mais rápido em muitos portos, o que atrai grandes volumes de investimentos. De acordo com o último Plano Nacional de Logística Portuária, que foi publicado em 2019, o setor de cargas conteinerizadas movimentou no País, em 2018, (longo curso e cabotagem) um total de 114,0 milhões de toneladas, equivalentes a 9,9 milhões de TEU. A expectativa do governo diante da demanda é que ocorra um crescimento dos fluxos de longo curso de 142% até 2060 – considerando exportação e importação.
 
Incentivar a indústria nacional e aumentar a participação do volume exportado com cargas de alto valor agregado é um recorde que devemos perseguir, impulsionando a competitividade e principalmente contribuindo para a economia de maneira sustentável e sem que seja afetada por qualquer instabilidade mundial ou nacional.
 
No próximo dia 21 de outubro, todos esses temas serão abordados e debatidos no Summit Portos 5.0 em Brasília.
 
Aumentar as perspectivas do crescimento das importações e exportações, tendo nos portos nacionais a chave para sustentabilidade desse crescimento, é um recorde que devemos ter como meta.

*Maxwell Rodrigues, executivo e apresentador do Porto 360º. Possui mais de 20 anos de experiência em tecnologia e automação portuária.
 
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