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19/11/2021 - 10h27
Ampliar a temporada de cruzeiros em Santos é desafio para o governo
Fonte: A Tribuna On-line
Segundo o presidente de entidade do setor, para alcançar esse objetivo é preciso superar alguns gargalos
O Governo Federal lançou o desafio para que o País possa ofertar viagens de cruzeiros durante todo o ano. Mas, na visão do presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil), Marco Ferraz, para alcançar esse objetivo, é preciso superar alguns gargalos.
“Temos problemas de regulação, de infraestrutura, de novos destinos e de custos. Operar no Brasil é 40% mais caros. Aqui, pagamos ICMS e PIS/Cofins no combustível. Para mandar um navio para fora, isso não é cobrado”, justificou.
O presidente da Associação das Agências de Viagens do Interior do Estado de São Paulo (Aviesp), Marcos Antonio de Carvalho Lucas, complementou ao defender a desburocratização para fomentar o turismo no País.
“Somos sedentos por produtos novos e há uma demanda reprimida muito forte das pessoas por viagens. Isso já está sendo sentido nas agências”, disse.
Jornalista especializado no setor de cruzeiros, Daniel Capella apontou que esse segmento deve ser melhor explorado. “Estamos falando de um mercado de US$ 37,4 bilhões no mundo, mas apenas 0,9% disso vai parar na América do Sul e uma fração menor fica no Brasil”, destacou.
Novos empregos
Para o presidente da Associação dos Profissionais de Turismo da Baixada Santista (APT), Carlos Eduardo de Almeida Silveira, os cruzeiros são uma importante vitrine, principalmente para os estrangeiros. “Precisamos ter um olhar para a formação profissional. As autoridades precisam estar atentas a isso”, disse.
O secretário executivo estadual do Turismo e Viagens, Guilherme Miranda, afirmou que, em 2019, o setor em São Paulo teve um saldo positivo de 50 mil empregos. Em 2020, foram fechados 128 mil postos de trabalho. “O saldo positivo neste ano é de 26 mil. Estamos correndo atrás dos empregos perdidos e muitos deles passam pelas atividades ligadas à retomada dos cruzeiros”, justificou.
Membro da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, Herculano Passos (MDB) destacou que a classe política foi muito importante para convencer o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a não extinguir a pasta de Turismo.
O primeiro titular da pasta na atual gestão foi um nome oriundo do Congresso Nacional: o parlamentar de Minas Gerais Marcelo Álvaro Antônio (PSL).






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