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25/03/2022 - 10h07
ANTT atualiza o piso mínimo do frete
Fonte: A Tribuna
A tabela dos pisos mínimos do frete do transporte rodoviário de cargas sofreu reajustes que podem chegar a 14%. Os novos valores divulgados pela ANTT são reflexo do aumento no preço dos combustíveis, anunciado pela Petrobras no último dia 11. A opinião sobre a mudança está dividida entre entidades da Baixada Santista.
O reajuste mínimo da nova tabela é de 11%, mas a variação até 14% depende de alguns parâmetros, como a distância de deslocamento, o tipo de carga, o número de eixos dos veículos e outras particularidades de cada operação.
Devido à atualização, o frete de um veículo de dois eixos que transporta carga de granel sólido custa R$ 2,92 por quilômetro. Enquanto isso, uma carga conteinerizadas em um caminhão de nove eixos vale R$ 6,97 a cada quilômetro de deslocamento, além da taxa de R$ 454,13 para carga e descarga.
O valor do frete para um veículo de dois eixos com carga perigosa a granel líquido, por exemplo, passa a valer R$ 3,56 por quilômetro, com taxa de R$ 364,71 para carga e descarga. O transporte de carga frigorificada ou aquecida em um caminhão de dois eixos custa R$ 3,51 a cada quilômetro.
VISÃO REGIONAL
O Sindicam se manifestou a favor do reajuste. “Era esperado ansiosamente pela categoria e por nós do Sindicam”, afirma o presidente da entidade, Luciano Santos.
De acordo com Santos, a atualização nos valores significa um “respiro ao caminhoneiro autônomo”, pois irá proporcionar maior capacidade operacional. “Estava impossível continuar rodando sem o repasse dos últimos reajustes do óleo diesel”. Ele enfatiza que a atualização da tabela não é uma solução para o setor, mas ameniza o impacto.
“Os cálculos realizados pela a ANTT não contempla em 100% todos os custos operacionais de um caminhão. Quando o diesel sobe, toda a cadeia logística e seus insumos também são afetados”, explica, ressaltando que o reflexo chega ao caminhoneiro autônomo, que encontra resistência de transportadoras e clientes em reajustar o frete.
O Sindicam diz que a solução seria uma maior atuação da ANTT, com um posto fixo que fiscalize caminhões e empresas para averiguar se “estão cumprindo com o que rege nas leis que se referem ao piso mínimo de frete, estadias e pedágios”.
Em nota, o Sindisan diz que a atualização dos valores era esperada devida à lei que estabelece que o piso mínimo seja reajustado, caso seja atingido “o percentual acumulado de 10% no valor do diesel”.
Apesar disso, o sindicato entende que a mudança representa um “aumento de custos para toda cadeia logística, desde o contratante até o consumidor final”. De acordo com o Sindisan, a tabela foi elaborada como parâmetro para os fretes dos caminhoneiros autônomos. Desta forma, os custos são ainda maiores para as empresas.
No entanto, a nota da entidade que representa as empresas de transporte diz que o índice não deve ser visto como “reajuste”, mas sim como “correção do valor, baseando-se nos aumentos consecutivos do diesel”.






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