Embora o saldo seja pequeno, trata-se do primeiro resultado positivo do ano

 

A Baixada Santista ganhou 9 vagas de emprego com carteira assinada em março deste ano: foram 8.528 admissões contra 8.519 desligamentos. Embora o saldo seja pequeno, trata-se do primeiro resultado positivo do ano, o que indica um início de recuperação. Em janeiro a região perdeu 1.298 postos. Já em fevereiro, fechou em menos 423 colocações.

 

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e foram divulgados ontem. Dos nove municípios, Santos foi o que mais gerou empregos em março: 372, com 4.077 admitidos e 3.705 demitidos. A maioria das cidades teve números negativos: Bertioga (-146), Guarujá (-254), Itanhaém (-37), Praia Grande (-157) e São Vicente (-3).

 

Economista e professor Universidade Santa Cecília (Unisanta), Jorge Manuel de Souza Ferreira afirma que ainda é difícil traçar um panorama muito otimista, já que o resultado é tímido. “Mas, acreditando nos fundamentos da economia, há, sim, alguma recuperação. Pelo crescimento econômico que está se desenhando, de ser uma recuperação lenta e gradual”, diz ele.

 

 

Setores

 

O setor de serviços foi o que mais abriu postos de trabalho na Baixada Santista, 4.666, seguido por comércio, que gerou 2.515 oportunidades. Só em Santos, cidade com maior população economicamente ativa, foram 2.750 novas vagas em serviços e 934 no comércio.

 

“É o que predomina na nossa região. Com exceção de Cubatão, que tem indústria, sem dúvida o setor de serviços é o mais importante e vai puxar a recuperação”, afirma o economista.

 

No acumulado do ano (janeiro a março), porém, o resultado foi ruim para a Baixada Santista, que acabou com 1.804 vagas. Guarujá foi a que mais diminuiu colocações, com 863 posições fechadas. A situação permanece negativa quando comparados os últimos 12 meses: perda de 4.269 vagas na região, com Guarujá também no pior colocação, com -1.116 vagas.

 

Estado e País

 

O Estado de São Paulo também apresenta recuperação modesta, conquistou 29.739 vagas de emprego com carteira assinada em março deste ano: foram 416.126 admissões contra 386.387 desligamentos. Nos três primeiros meses de 2018, foram 79.098 postos abertos e nos últimos 12 meses, 59.269 novas oportunidades. Nos acumulados, portanto, a Baixada segue pior que Estado.

 

Já o Brasil abriu 56.151 vagas de emprego formal em março. Foi o terceiro mês de aumento consecutivo no número de vagas com carteira assinada. O saldo positivo decorre de 1,34 milhão admissões e 1,284 milhão demissões.

 

Em relação a fevereiro, houve alta de 0,15%. Para meses de março, este é o melhor resultado desde 2013, quando foram geradas 112.450 vagas.