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23/01/2017 - 04h15

Brasil fecha 1,32 milhão de empregos formais em 2016

Fonte: O Globo
 
Perda de vagas com carteira assinada foi um pouco menor que a registrada em 2015, quando 1,54 milhão perderam o emprego. Demissões são reflexo da crise econômica.

 
A economia brasileira voltou a fechar um grande número de postos de trabalho com carteira assinada em 2016, ano ainda marcado pela forte recessão que atinge o país. No ano passado, as demissões superaram as contratações em 1,32 milhão de vagas formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na última sexta-feira (20).
 
Apesar de o número ainda ser alto, houve uma pequena melhora em relação ao ano de 2015, quando 1,54 milhão de brasileiros perderam o emprego.
 
Mesmo assim, 2016 foi o segundo pior ano de toda a série histórica, que tem início em 2002, considerando ajustes. O pior resultado foi em 2015. Na série sem ajustes, é o segundo pior desempenho desde 1992, quando teve início a contabilização dos empregos formais pelo governo.
 
Com o corte de vagas em 2016, o Brasil fechou o ano com um estoque de 38,371 milhões de empregos formais existentes. Esse é o estoque mais baixo desde o final de 2011, quando 38.296 milhões de pessoas ocupavam empregos com carteira assinada no país.
 
Ao final de 2015, o Brasil tinha 39.693 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada.
 
 
Somente em dezembro de 2016 as demissões superaram as contratações em 462.366 vagas com carteira assinada. O fechamento de postos foi menor que o registrado no mesmo mês de 2015, quando 596.208 pessoas perderam o emprego. Dezembro é tradicionalmente um mês que registra demissões.
 
Ano de 2016 por setores
 
De acordo com os números do governo, todos os setores da economia fecharam vagas no ano passado. O setor de serviços foi o que mais cortou empregos: 390.109. Em segundo lugar ficou a construção civil, com 358.679.
 
Em terceiro lugar aparece a indústria de transformação, com 322.526 demissões em 2016, seguida pelo comércio, com 204.373 mil. A indústria extrativa mineral registrou 14 mil demissões no ano passado e, a agricultura, 13.089.
 
Os chamados "serviços de utilidade pública" cortaram 12.687 empregos formais no período, enquanto a indústria extrativa mineral demitiu 11.888 trabalhadores. Já a administração pública fechou 8.643 vagas formais em 2016.
 
Regiões do país
 
O emprego formal caiu em todas as regiões do país no ano passado. O Sudeste fechou 788.558 empregos com carteira assinada e, a região Nordeste, 239.239.
 
Na região Sul, foram cortados 146.472 empregos com carteira assinada no período e, na região Norte, outros 80.415. Na região Centro-Oeste, foram fechadas 67.310 vagas formais.
 
Segundo o Ministério do Trabalho, os estados que possuem maior estoque de empregos formais foram os que mais registraram demissões em dezembro no ano passado: São Paulo (159.280), Minas Gerais (51.823), Rio de Janeiro (39.846), Paraná (30.457) e Santa Catarina (26.329).
 
Em todo ano de 2016, o estado que registrou mais demissões líquidas (acima das contratações) também foi São Paulo, com 395.288 trabalhadores demitidos, seguido por Rio de Janeiro (-237.361 demissões), Minas Gerais (-117.943 empregos formais fechados) e Bahia (-67.291 vagas fechadas).
 
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