Fonte: Correio Braziliense



Os brasileiros nunca deveram tanto quanto em 2015. Apenas junto aos bancos, a fatura a pagar chegou, em janeiro, a R$ 1,425 trilhão, segundo dados divulgados esta quarta-feira (25/02) pelo Banco Central. Mesmo com os bancos colocando o pé no freio e o país em recessão, o volume de crédito disponibilizado às famílias aumentou 0,9% em relação a dezembro de 2014.

 

Na modalidade com recursos livres, onde não são considerados os empréstimos para a compra da casa própria e demais linhas com taxas fixadas pelo governo, a expansão foi menor, de 0,4%. Mas, mesmo assim, essa foi a modalidade onde o BC notou as maiores elevações nas taxas de juros no período. Em média, os juros cobrados das famílias chegaram a 52,6% em janeiro, alta de 2,5 ponto percentual frente a dezembro de 2014.

 

Só no cheque especial, essa taxa chega a 208,7% ao ano, diz o BC. Pela primeira vez, o Banco Central divulgou as taxas de juros praticadas no cartão de crédito. Para as pessoas físicas, a taxa chegou em janeiro a 334% ao ano, na modalidade parcelado rotativo. É a maior taxa registrada desde dezembro de 2013. Mesmo no parcelado simples, os juros também são elevadíssimos: 106,7% ao ano.