Fonte: A Tribuna On-line

 

Comparação é de janeiro de 2017 com o mesmo período este ano; apesar disso, desligamentos ainda superam contratações

 

A Baixada Santista teve um início de ano melhor comparado a janeiro de 2017 no quesito empregos. Segundo números divulgados na última sexta-feira (2) pelo Ministério do Trabalho, em janeiro do ano passado, a região registrou 8.299 contratações contra 10.240 demissões, uma diferença de -1.941. No mesmo período de 2018, o resultado no vermelho foi menor: 8.632 admissões contra 9.930 dispensas (-1.298). O destaque positivo foi Cubatão, com saldo de 221 novos mantidos.

 

A Cidade abriu 809 postos de trabalho e fechou 588 no primeiro mês de 2018. Situação diferente a janeiro de 2017, quando havia amargado 136 vagas fechadas (veja quadro ao lado). 

 

Comemorando os índices, o supervisor do Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Cubatão, Rogério dos Santos Vieira, acredita que agora, a partir de março, o salto será ainda maior. “A expectativa é de números mais expressivos a partir de agora. Janeiro já reflete esta perspectiva”, revela, lembrando que no Município o principal foco fica por conta do setor industrial e do setor de serviços.

 

Outras cidades

 

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a janeiro de 2018 mostram recuperação de empregos em outras cidades. Itanhaém teve saldo positivo de 20 vagas (392 admissões contra 372 demissões).

 

No Litoral Sul, Peruíbe também fechou o primeiro mês de 2018 com duas vagas no azul (269 para 267).

 

Santos fechou o mesmo período no vermelho: 3.803 vagas abertas e 4.246 fechadas (-443). Apesar disso, a Cidade entra no contexto de boas expectativas, já que em 2017 foram 3.695 vagas abertas para 4.388 fechadas, ou seja, um índice negativo maior (-693).


 

Queda

 

Segundo os dados de janeiro do Caged, a queda mais significativa na geração de postos na região veio ocorreu em Bertioga e São Vicente.

 

Bertioga, que em 2017 teve um janeiro positivo, com 32 vagas asseguradas, terminou janeiro de 2018 com acumulado de -82. São Vicente encerrou janeiro deste ano com 526 vagas fechadas em relação às abertas. Em 2017, foram encerradas 366.

 

“A economia ainda está em momento de definição. São Vicente está entre as cidades que mais efetuam contrações temporárias para o final do ano e isso reflete em janeiro, quando os postos são fechados”, avalia o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Relações do Trabalho, Jorge Luiz Moura.

 

Mesmo com os números negativos, Moura se mantém otimista e destaca que a meta é continuar buscando formas para gerar postos de trabalho em São Vicente. “Em abril, vamos colocar em ação o Centro Integrado de Empreendedorismo e Cidadania, em parceria com o Sebrae-SP. Em maio, vamos promover o 1º Fórum de Compras Públicas, para fomentar a participação de produtores e empreendedores vicentinos nas compras públicas”.

 

Outra medida adotada será a realização da 1ª conferência Municipal de Desenvolvimento Econômico de São Vicente. “Vamos discutir as diretrizes de cinco eixos da economia para o desenvolvimento da Cidade:indústria, comércio e serviços, turismo, tecnologia e economia solidária”.

 

Em busca de trabalho

 

Quem está em busca de colocação também mantém o foco positivo. “Trabalhei em supermercado por 12 anos. Em 2016 (no auge da crise) fui demitida. De lá para cá tenho atuado em funções temporárias. Mas, agora, creio que vou conseguir algo fixo”, conta Maria Aparecida Amaral, 47 anos, moradora no Campo Grande, em Santos. Ela se inscreveu no Centro Público de Emprego e Trabalho (CPET), na Cidade, e aguarda chamada para alguma vaga.

 

No CPET, além da inscrição no cadastro de emprego, o cidadão tem a oportunidade de participar de cursos gratuitos. Em abril começa o de capacitação profissional e orientação de como se portar diante da entrevista para colocação no mercado de trabalho. Outra possibilidade é o Time do Emprego, que oferece treinamento para o mercado de trabalho. O CPET fica na Rua Amador Bueno, 249, no Centro de Santos.