Fonte:  G1/RS

 

Porto de Rio Grande é o segundo em movimentação de cargas do Brasil. Ele ajudou a mudar o cenário econômico e cultural do Sul do estado.

 

O porto de Rio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul, completou 100 anos de existência no domingo (15). Por ele, passam cerca de 3 mil embarcações ao ano – é o segundo do país em maior volume de movimentação de cargas.

 

A construção do porto contribuiu para trazer avanços no cenário econômico e cultural da cidade mais antiga do estado e também para toda a região Sul.

 

Na praça central de Rio Grande, uma estátua faz homenagem a Silva Paes, o navegador português que deu início à colonização da cidade em 1737. Foi a partir daí que surgiu um porto que, inicialmente, encontrou dificuldade para cruzar o canal de navegação, devido a sua profundidade inferior a dois metros.

 

"O litoral do Rio Grande do Sul, praticamente, só tem aquele único acesso. Com a expedição do Silva Paes, da fortificação, fundação do povoado, é que deslancha. Nós podemos dizer que existe um porto do Rio Grande. Muitas vezes, porto e cidade não interagem. Aqui no Rio Grande, vamos ter exatamente o oposto: são conectados, interligados, ou seja, a história do porto é a própria história da cidade", conta o historiador Francisco das Neves.

 

As estruturas de pedras diminuíram os constantes naufrágios. Em 1915, armazéns e o novo cais foram inaugurados, onde, ainda hoje, cargas são movimentadas, gerando cerca de 5 mil empregos diretos.

 

"Fora daqui eu não vejo opções melhores de serviço, de futuro. Aqui ainda está sendo o futuro", aposta o portuário Jorge Miguel Colvara Bohn.

 

O porto espera fechar o ano do centenário em festa, superando as 34 milhões e 500 mil toneladas movimentadas no ano passado.

 

"Nós estamos olhando para o futuro, para que os próximos 100 anos sejam anos de muitas oportunidades de trabalho e de renda para nosso município, região e para o estado", vislumbra Janir Branco, superintendente do Porto de Rio Grande.