Fonte: A Tribuna


 

Conforme decidido em assembleia realizada na última segunda-feira, o Sindicato dos Conferentes de Carga, Descarga e Capatazia do Porto de Santos realiza hoje uma paralisação. O Protesto ocorre em função de decisão de terminais do Porto de Santos de não utilizar a mão de obra avulsa e não contratar profissionais da área. Caso o impasse continue, não é descartada uma ação judicial.

 

A mobilização de grevistas deve acontecer à partir das 7h30, em frente as empresas ADM do Brasil, TEAG, TEG e Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais. Segundo o presidente do Sindicato dos Conferentes, Marco Antônio Sanches, o protesto será pacífico. "Nossa greve não tem caráter agressivo, precisamos dela para instalar um dissídio. Não vamos à porta das empresas para impedir ninguém de trabalhar, meu pessoal não vai trabalhar, não vem sendo requisitado. Vamos mostrar nossa indignação quanto a esse fato. Mas não tem nada de agressividade", avisa. "Não vamos pular cancela, invadir, nada disso. Não teria nem lógica algo dessa natureza".

 

Sanches argumenta que, desde 1º de março, as empresas pararam de utilizar mão de obra dos trabalhadores da categoria. "Trabalhamos com outros terminais, com quem não temos problemas. Mas é uma perda de mercado grande". Ele sustenta, porém, que ainda vê espaço para o diálogo. "Temos nos empresários parceiros. Isso (falta de diálogo) é que nos causa estranheza. Sempre fomos um sindicato de conversa, sem porrada. Não é característica nossa. Em nenhum momento fomos chamados por estas empresas, por exemplo, para requalificação de profissionais".

 

Outro lado

 

As empresas TEG (Terminal Exportador de Guarujá) e TEAG (Terminal de Exportação de Açúcar de Guarujá) informam, em nota, que "cumprem com as leis e normas aplicáveis ao trabalho portuário. Apresentaremos os esclarecimentos necessários quando notificados".

 

Já a ADM do Brasil diz que "cumpre com todos os requisitos legais e trabalhistas para a contratação dos colaboradores que trabalham em seu terminal no Porto de Santos". A Companhia Auxiliar de Armazéns Gerais disse que não irá se pronunciar.