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31/03/2022 - 10h41
Consórcio liderado pela pernambucana Agemar arremata terminal em Suape
Fonte: UOL / Jornal do Commercio
Quando foi inaugurado, equipamento foi apelidado de Terminal Açucareiro. Agora, no embalo da Refinaria Abreu e Lima, principal carga movimnetada deverá ser o coque de petróleo. Empresas vão operar a área por um período de 25 anos
Quando foi inaugurado, equipamento foi apelidado de Terminal Açucareiro. Agora, no embalo da Refinaria Abreu e Lima, principal carga movimnetada deverá ser o coque de petróleo. Empresas vão operar a área por um período de 25 anos
O Consórcio SuaGranéis - liderado pela pernambucana Agemar, junto com a paraibana Marlog e a paranaense Loxus, arremataram o Terminal de Granéis Sólidos de Suape, em leilão na B3, nesta quarta-feira (30), em São Paulo. Pelo contrato, o grupo vai explorar a área por um período de 25 anos, movimentando os chamados granéis sólidos, que podem ser agrícolas ou minerais. O consórcio foi o único a dar lance e ofereceu um valor de outorga de R$ 15 mil, quando o mínimo era de R$ 1,00. A expectativa é que o arrendamento renda investimentos da ordem de R$ 59,8 milhões em Suape.
A mudança na economia de Pernambuco, com a implantação de grandes empreendimentos na última década, interferiu na dinâmica de Suape. Quando começou a operar, em 2016, o terminal foi projetado para movimentar açúcar. Durante muito tempo doi apelidado de terminal açucareiro. Com a Refinaria Abreu e Lima em operação e a previsão de dobrar sua capaciade de produção, o coque de petróleo será um dos carros-chefe do terminal. Além do coque, o equipamento está habilitado para movimentar barrilha, açúcar, trigo, milho e tantos outros granéis, além de carga geral.
Para garantir essa diversidade de cargas, o consórcio vai investir para dotar o terminal de capacidade estática mínima total de 12 mil toneladas, além da aquisição de sistemas de recepção rodoviária, sistema transportador de correias e equipamentos equivalentes para garantir a produtividade (prancha média geral) de 549 t/h (toneladas por hora) e 128 t/h, para a movimentação de coque de petróleo e açúcar ensacado, respectivamente. O TGSS está localizado na retroárea do Cais 5, em um espaço de 72 mil metros quadrados. A área está localizada no porto interno de Suape, na margem oposta ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS).
O presidente de Suape, Roberto Gusmão participou da solenidade e comemorou o resultado do leilão, olhando para o futuro próximo do porto. "Suape vai, daqui a cinco anos, triplicar sua movimentação, e se estabelecer como um dos mais movimentados do Brasil e o principal do Norte/Nordeste. Estamos muito satisfeitos com todo o apoio da Secretaria Nacional de Portos e do Ministério da Infraestrutura para este ato. Quero cumprimentar de forma calorosa o grupo pernambucano que teve a oportunidade, junto com duas outras empresas, de conseguir arrematar esse empreendimento. Contem com Pernambuco para qualquer tipo de investimento”, afirmou.
Nova operação
A expectativa é que o contrato de arrendamento do terminal seja assinado ainda este ano para iniciar a operação em 2024. Atualmente o terminal é operado sob contrato de transição, pela empresa pernambucana M&G São Caetano, que permanecerá até o fim do ano. O equipamento foi oferecido à companhia após a devolução da área pela Agrovia do Nordeste (empresa da Odebrecht Tranport) e autorização da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA). A M&G São Caetano participou do chamamento público em 2020 e ofereceu o maior preço do certame transitório. O terminal tem capacidade para movimentar de 500 a 600 mil toneladas de carga por ano e voltou a operar desde junho do ano passado.
"O leilão realizado na B3 hoje em São Paulo permite que Suape tenha um terminal com investimentos de R$ 59,8 milhões. Um terminal já existente que terá uma operação prevista, em seu primeiro ano, de 570 mil toneladas, gerando 100 empregos diretos. Tudo isso aumenta a potencialidade de Suape como hub no Nordeste. O terminal gera também receita fixa de R$ 3 milhões, mais uma receita variável, permitindo o porto movimentar açúcar, barrilha e outros granéis sólidos, ampliando as possibilidades", detalhou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, que também esteve presente no leilão.
Sobre as empresas
Com expertise acumulada em operações logísticas de alta complexidade, a Agemar realiza transporte marítimo de combustível e de cargas em geral, garantindo agilidade e maior economia a partir de um eficiente sistema de utilização de cargas, aplicado desde a recepção até o destino. Com as devidas autorizações legais, pela Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário) e pela DPC (Diretoria de Portos e Costas), a Agemar é autorizada a operar na navegação de cabotagem e no transporte de combustível, respectivamente, proporcionando a devida segurança nas operações.
Pelo know how adquirido, a empresa é responsável, desde 1995, pelo suprimento regular de combustível do Arquipélago de Fernando de Noronha, garantindo serviços essenciais e mais qualidade de vida aos seus habitantes e visitantes. A Loxus foi constituída em 2000 para atuar como consultora e operadora de projetos logísticos e portuários. A empresa tem larga experiência em assessoria, desenvolvimento, planejamento, implantação e gerenciamento de players de logística, com grandes operações de transporte marítimo.
A Loxus se especializou na movimentação de carga tipo granel sólido, oferecendo serviços de operação portuária com embarque e descarga de granel sólido e serviços de operação retro portuária com recepção e expedição de caminhões. Em seus terminais, opera produtos como coque verde de petróleo, fertilizante, grãos, sal marinho calcinado e farelo de soja.






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