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12/05/2021 - 08h59

Decisão sobre greve é adiada

Fonte: A Tribuna
 
Portuários não chegam a consenso. Categorias lutam por vacinação


 
Após quase sete horas de debates, o movimento nacional dos portuários não chegou a um consenso sobre uma greve da categoria pela vacina contra a covid-19. Uma nova rodada de discussões foi marcada para o próximo dia 1º. Enquanto isso, sindicatos que representam trabalhadores do Porto de Santos pretendem estudar uma paralisação de 24 horas.
 
A ideia é pressionar o Governo Federal a divulgar um calendário de vacinação da categoria. Para isto, as entidades devem realizar uma assembleia local, em uma data que ainda será definida.
 
Em Santos, o movimento é coordenado pela Unidade Portuária, entidade que reúne os sindicatos representantes de trabalhadores do cais santista. Além dos estivadores participaram as demais categorias de avulsos, que incluem operários, vigias, consertadores e funcionários da administração portuária.
 
Ontem, uma reunião virtual proposta pela Federação Nacional dos Portuários (FNP), pela Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e pela Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas Atividades Portuárias (Fenccovib) debateu o tema.
 
"Depois de amplo debate, a decisão ficou para 1º de junho. Santos vai reavaliar a discussão. A plenária não decidiu nada, mas a Unidade Portuária vai marcar uma reunião pra discutir essa paralisação aqui", afirmou o presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos.
 
Na semana passada, um protesto em frente à sede da Autoridade Portuária de Santos (APS) marcou o movimento no cais santista. Mesmo assim, União, Estado e município ainda não apresentaram um plano para a categoria.
 
Atos semelhantes foram realizados em vários complexos portuários do País. Entre eles, estão portos localizados no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Norte, na Bahia e em Santa Catarina, o que amplia a pressão sob o Governo Federal. Isto porque, em janeiro, o Ministério da Saúde incluiu os trabalhadores portuários no grupo prioritário de vacinação contra a covid-19. Porém, até agora, não foi divulgado um calendário de vacinação.
 
"Vamos esperar a vacinação até dia 31 de maio, que foi o prazo falado pelo governo. Caso não sejamos vacinados, dia 1º de junho, outra reunião será feita pra deliberarmos outra mobilização nacional mais robusta", afirmou o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos e Região, Bruno Silva.
 
Entre os trabalhadores do Porto de Santos, apenas os guardas foram vacinados, após protestos semelhantes aos que foram realizados na semana passada. O motivo é que a Guarda Portuária está inserida no Sistema Único de Segurança Pública.
 
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