Fonte: A Tribuna On-line

 

Categoria afirma que está sem resposta do Sopesp quanto a itens da campanha salarial de 2018

 

Os estivadores farão uma greve de 24h a partir da próxima segunda-feira (12), em protesto ao que chamam de intransigência do sindicato patronal na negociação da campanha salarial de 2018. A paralisação no Porto de Santos ficou definida em uma assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (5).

 

O presidente do Sindicato dos Estivadores (Sindestiva), Rodnei Oliveira da Silva, o Nei, disse que, da semana passada para cá, não houve avanço nas conversas com o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp).

 

No último dia 26, os trabalhadores fizeram uma passeata pelo Centro de Santos e entregaram mais uma vez a pauta de reivindicações da categoria, definida em dezembro de 2017, ao Sopesp.

 

Na ocasião, o diretor-executivo da entidade, José dos Santos Martins, recebeu uma comissão de estivadores e disse que os pedidos estavam sendo analisados internamente.

 

“Foi entregue nossa pauta em 27 de dezembro para que a gente pudesse chegar em 1º de março com tudo concluído, mas, infelizmente, não houve por parte da classe patronal uma vontade de vir à mesa e negociar, principalmente os pontos mais importantes. Pelo contrário, o Sopesp vem querendo empurrar com a barriga”, disse Nei.

 

Entre outras coisas, os estivadores pedem ganho real (acima da inflação) no salário, garantia do mercado de trabalho para avulsos e vinculados, reajustes em benefícios, passagem dos cadastrados para registrados e direito de dobra de jornadas.

 

No início da greve, às 7h de segunda-feira, os estivadores irão se reunir para uma passeata, saindo do sindicato e indo à sede do Sopesp.

 

Segundo o presidente do Sindestiva, se o negócio continuar parado, há chance de uma paralisação por tempo indeterminado ser deflagrada. “Pode ser que a gente venha a estender a greve. Vamos aguardar uma posição por parte deles, chamando a categoria para avaliar e tomar uma outra deliberação”.