Fonte: A Tribuna

 

Emprego. Este foi o principal ponto debatido na audiência pública sobre a desestatização do Porto de Santos, realizada ontem pela Comissão de Assuntos Portuários da Câmara de Santos. Participaram do encontro vereadores, sindicalistas e representantes da Autoridade Portuária e da Secretaria Nacional de Portos.

 

Os trabalhadores listaram preocupações com o futuro da categoria e alegaram não entender os motivos para a desestatização da Santos Port Authority (SPA).

 

O presidente do Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport), Claudiomiro Machado, citou não haver garantia de emprego a quem atua hoje no cais.

 

Já o diretor-presidente da SPA, Fernando Biral, explicou que um dos motivos da privatização é a geração de postos de trabalho. "É a única forma de criarmos mais empregos". Também enfatizou que não haverá venda de patrimônio da SPA, pois se trata de uma concessão.

 

Mesmo assim, houve críticas. "Somos contra a desestatização porque não há modelo de referência que nos traga segurança de que o Porto vai gerar emprego e se desenvolver", resume o presidente da comissão, vereador Francisco Nogueira (PT).

 

Já o presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuár4ia (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, adiantou que o assunto deve parar na Justiça. "Vamos tentar juridicamente que o edital do leilão nem seja publicado".