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10/09/2020 - 08h19

Estado de greve na Prodesan pode paralisar limpeza na área de saúde

Fonte: Sintracomos
 
Mercados de peixe e municipal também deverão ser atingidos, conforme decisão de assembleia, sexta-feira, no Sintracomos
 
As três unidades de pronto-atendimento (upas) de Santos poderão ficar sem serviço de limpeza, assim como as 30 policlínicas da cidade e sua área continental, ainda neste mês de setembro.
 
Isso porque os 1.200 empregados da empresa de economia mista Prodesan (progresso e desenvolvimento de Santos), controlada pela prefeitura, estão em ‘estado de greve’.
 
A medida foi aprovada em assembleia do sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos) de Santos e região, que representa os trabalhadores da Prodesan.
 
Com data-base em maio, a categoria está em campanha salarial desde março, quando o sindicato enviou as reivindicações à empresa, depois de aprovadas em assembleia no mês anterior.
 
O presidente do Sintracomos, ‘Macaé’ Marcos Braz de Oliveira, diz que, até agora, a Prodesan chamou apenas duas negociações, quando anunciou a impossibilidade de reajustar os salários na data-base.
 
Empresa é perversa
 
A paralisação deverá atingir também o mercado de peixes recém-inaugurado na Ponta da Praia e será utilizada caso a empresa não concorde em reajustar os salários e benefícios em 2,46%.
 
Segundo Macaé, esse é o percentual da inflação acumulada entre maio de 2019 e maio de 2020. “É o mínimo que podemos aceitar”, diz o sindicalista. “Menos que isso é perversidade”.
 
O mercado municipal e quatro hospitais públicos também poderão ser atingidos pelo movimento. O jurídico do Sintracomos protocolará dissídio coletivo econômico no TRT (tribunal regional do trabalho).
 
Dois ambulatórios de especialidades deverão ficar sem limpeza e higienização. Segundo Macaé, tudo poderá ser evitado com um aumento na folha de apenas R$ 80 mil mensais.
 
Esse é o valor estimado a mais, na folha, caso a empresa aplique o reajuste de 2,46%. Macaé diz que o valor é facilmente coberto pelos contratos fechados recentemente com os dois mercados.
 
Empresa é covarde
 
O presidente do Sintracomos pondera que já encerrou os acordos coletivos de trabalho deste ano com todos os segmentos empregadores da categoria, como polo industrial e construção civil.
 
Ele destaca que, com a Codesavi, similar da Prodesan em São Vicente, fechou em 4,48%, na data-base de fevereiro. “Isso é uma vergonha para Santos”, finaliza.
 
“Se a empresa está tentando usar o momento de dificuldade por causa da pandemia do novo coronavírus, sem acreditar na mobilização do sindicato, vai se dar mal”, diz Macaé.
 
“A assembleia foi grande, bem representativa, e o sindicato vai encarar a luta do trabalhador contra a covardia da empresa de não reajustar o salário, independente de covid ou não”, finaliza o sindicalista.
 
A assembleia obedeceu a todos os protocolos das autoridades sanitárias e de saúde para a prevenção da covid-19, com máscaras, álcool em gel, medição de temperatura e distanciamento entre as pessoas.
 
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