Fonte: Portos e Navios

 

Os contêineres estão entrando e saindo da China em velocidades recordes, à medida que os armadores conseguem ampliar a capacidade de transporte. Mas o congestionamento dos portos na Europa e nos EUA continua a retardar o retorno dos contêineres à Ásia e impede a normalização do abastecimento global.

 

De acordo com um relatório conjunto realizado pela Container xChange, empresa de tecnologia e logística, e a Fraunhofer – CML, uma das principais organizações de pesquisa aplicada do mundo, à medida que a corrida dos embarques disparou no ano passado, o tempo médio médio gasto em contêineres nos depósitos chineses caíram para cinco dias, abaixo dos 61 dias em 2020.

 

Além da China, Vietnã, Cingapura, Tailândia e Indonésia também registraram tempos médios médios baixos, de nove, 11, 16 e 19 dias, respectivamente.

 

“Uma vez que os contêineres chegam à Ásia, eles estão sendo redistribuídos em velocidades recordes. No entanto, a incompatibilidade entre oferta e demanda em muitos portos de origem, inclusive na China, significa que é difícil para os importadores dos EUA e da Europa manterem disponibilidade”, comentou Johannes Schlingmeier, cofundador e CEO da Container xChange.

 

Por outro lado, o congestionamento severo em muitos portos de destino fez com que os tempos de permanência dos contêineres nos depósitos atingissem níveis quase recorde em 2021.

 

Os países com pior desempenho em termos do tempo médio médio de permanência dos contêineres em depósitos em 2021 foram os EUA e o Reino Unido, que sofreram tempos médios de permanência de 50 e 51 dias, respectivamente. Os próximos piores desempenhos foram África do Sul (47 dias), Emirados Árabes Unidos (40 dias), Paquistão (31 dias) e Alemanha (25 dias).

 

Os resultados do tempo de permanência em depósitos estão entre uma série de resultados contidos no estudo anual Container xChange/Fraunhofer – CML ‘C-Timing’, realizado para fornecer previsões sobre o transporte de contêineres, com apoio do Ministério da Educação e Pesquisa da Alemanha.

 

O estudo descobriu que nos EUA, o segundo pior desempenho em termos de tempo médio médio de hospedagem dos contêineres, os números variaram muito de acordo com o porto. Em todo o país, os tempos médios de permanência foram de 50 dias no ano passado (2021), abaixo dos 66 dias em 2020. Nova York registrou 61 dias de tempo ocioso de contêineres nos depósitos, seguido por Houston (59 dias) e Savannah (56 dias). Os portos de Los Angeles A e Long Beach, em média, registraram de 40 a 42 dias de ociosidade dos contêineres.