Fonte: A Tribuna On-line / Matheus Müller

 

Paralisação acontecerá somente nas empresas que compõem a Câmara de Contêineres

 

Os estivadores avulsos e vinculados decidiram, por unanimidade, deflagrar uma greve de 48 horas. O protesto, referente às negociações com as empresas que compõem a Câmara de Contêineres, começa na sexta-feira (30), às 7 horas, e termina no domingo (2), no mesmo horário.

 

A assembleia entre a diretoria do Sindicato dos Estivadores (Sindestiva) e a categoria aconteceu na manhã desta terça-feira (27), às 9 horas, na sede da entidade, no Centro de Santos. 

 

De acordo João Carlos Magal, 2º secretário do Sindestiva, o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), responsável por negociar pelas empresas, desde 2015 não conversa sobre as cláusulas do acordo coletivo dos trabalhadores, que têm data-base em maio.

 

“Eles não se sentam à mesa com o sindicato. Todo ano aplicam o reajuste salarial e ignoram o restante da negociação. São pedidos como: plano de saúde, odontológico, cesta básica, igualdade nos ternos (convocação de mão de obra). A categoria cansou disso”, diz Magal.

 

Resposta

 

Em nota, o Sopesp afirma que as relações entre as empresas da Câmara de Contêineres estão reguladas pelo Acórdão Publicado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em 2015.

 

“Segundo o Relatório da Assessoria Econômica do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) o Acórdão é suficiente em todos os detalhes e está sendo aplicado exemplarmente pelas empresas”, afirma a nota da entidade patronal.

 

O Sopesp diz ainda, em relação à data-base, que as empresas aplicaram reajuste de 9% no ano passado, questão que aguarda posição do TST.

 

Conforme a assessoria, devido à crise econômica, as empresas haviam ofertado um índice parcial, mas na última sexta-feira (23) autorizaram a aplicação do índice integral do reajuste com base no INPC de 4,69%.

 

“Tal reajuste já está sendo aplicado pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) para os trabalhadores na forma de avulsos e também será pago no próximo salário dos vinculados”, afirma o Sopesp.