Fonte: Guia Marítimo

 

A ausência de acessos eficazes e os demais entraves são temas recorrentes em debates do setor. Willen Manteli, da ABTP, por exemplo, defende constantemente a autonomia da administração dos portos. Para ele, mesmo com infraestrutura, coligações partidárias atrapalham a gestão dos complexos e, somente com autonomia, poderão avançar. Matheus Miller, da Abtram, por sua vez, ressalta que o porto não pode ser visto de forma isolada, mas como um elo da cadeia logística, pois na cadeia como está a eficiência de terminais e demais estruturas e melhorias desaparecem diante dos entraves nos acessos dos portos, por exemplo.

 

Já, o consultor Sergio Aquino, lembra da atual realidade, onde os supernavios exigem profundidades adequadas. Com o reconhecimento de que está havendo melhorias e investimentos, para ele, o maior gargalo ainda está fora e não dentro dos portos e a cadeia anseia por maiores calados, rodovias adequadas e ferrovias.

 

O ministro de Portos, Edinho Araújo, entretanto, lembra que haverá investimentos, incluindo os R$ 37,4 bilhões em portos até o ano de 2018, como parte do Programa de Investimentos em Logística do governo federal. Segundo o ministro, o programa é uma oportunidade para o capital privado expandir seus negócios e imprimir maior eficiência e competitividade às operações portuárias. Edinho Araújo detalha as áreas de arrendamentos portuários dos blocos 1 e 2 e confirmaa disposição do ministério em realizar licitações do primeiro lote ainda no segundo semestre de 2015, completando o processo no primeiro semestre de 2016. “Neste momento de ajustes na economia o setor portuário é aquele que pode dar respostas mais rápidas, viabilizando investimentos de curto, médio e longo prazos. E, o mais importante, existe uma demanda aquecida por novos investimentos privados”, diz.