Fonte: AssCom Codesp

 

 

De 8 a 19 de abril, das 11h às 19h, o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) e o Grupo Esperança promovem uma campanha de detecção e combate à hepatite C na Baixada Santista. O evento será realizado no P- 3 , na A. Mario Covas s/n,  antiga Avenida Portuária.

 

Os trabalhadores portuários avulsos (TPAs) e seus familiares (maiores de 12 anos) que passarem pelo local, poderão fazer o teste rápido de detecção da hepatite C, que é semelhante ao teste de diabetes, ou seja, uma picadinha indolor no dedo. Em caso do resultado ser positivo, a pessoa será orientada e encaminhada para atendimento médico e, se for o caso, para o tratamento via Sistema Único de Saúde (SUS). Não é necessário estar em jejum.

 

“A hepatite C é uma doença silenciosa e traiçoeira, que progride lentamente. Se não for detectada e tratada, em 90% dos casos, a doença cronifica e pode evoluir para cirrose e câncer de fígado. Porém, quando diagnosticada precocemente tem cura. Daí a importância de campanhas como esta”, explica Marcos Caseiro, infectologista do Centro de Referência de Aids (Craids) e do Hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos, onde os testados que apresentarem eventuais resultados reagentes, também terão atendimento gratuito para confirmação diagnóstica e tratamento.

 

Em 2012, a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) realizou uma pesquisa sobre o conhecimento dos brasileiros a respeito da Hepatite C que constatou que mais da metade dos entrevistados residentes nas regiões metropolitanas (55%) estão na faixa etária dos 35 aos 60 anos. De acordo com o levantamento, o índice de conhecimento sobre a doença declina com a idade, sobretudo entre os mais velhos, a partir de 60 anos.  Esse é um fator preocupante, segundo os especialistas, já que a parcela da população conhecida por “baby boomers” (nascidos entre 1945 e 1965) é hoje a maior vítima das complicações da hepatite C crônica.

 

“Apesar do HCV (vírus causador da doença) ser democrático, a cara da hepatite C é a das pessoas com mais de 40 anos, faixa etária que apresenta maior prevalência, e que foram expostas a sangue contaminado nas décadas de 70 a 90”, salienta Jeová Fragoso, presidente do Grupo Esperança, ONG que dá suporte a mais de quatro mil portadores da doença. “Por isso, este trabalho do OGMO em parceira com o Porto, para prevenção e conscientização dos trabalhadores portuários sobre a hepatite C é de suma importância na administração e acompanhamento dos pacientes, que agora com a introdução da terapia tripla com os inibidores de protease terão as chances de cura aumentadas em até 80%”, acrescenta.

 

SERVIÇO: Campanha de Prevenção e Detecção da hepatite C

 

Data: De 08 a 19 de abril de 2013 (2ª a 6ª feira)

Horário: das 11h às 19h

Local: P-3 – Av. Mario Covas s/n, antiga Avenida Portuária – Santos