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14/08/2018 - 02h28

Fiesp: 77% da indústria paulista não pretende contratar no 2º semestre

Fonte: Valor Econômico
 
Mais de dois terços da indústria paulista não pretende contratar funcionários no segundo semestre por não ver perspectiva de melhora no quadro econômico este ano. Segundo levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), 77% das empresas não pretendem ampliar o quadro de empregados no período. Na mesma época do ano passado, essa fatia era de 78%.
 
As empresas de médio e grande porte estão menos pessimistas que as de pequeno porte em relação ao segundo semestre e, consequentemente, uma parcela maior delas pretende ampliar seu quadro de empregados (24,6% das médias e 24% das grandes pretendem ampliar o quadro ante apenas 18,7% das pequenas). Ainda assim, os percentuais são baixos.
 
Otimismo x Pessimismo
 
Essa falta de disposição para contratar está relacionada à percepção sobre a situação das empresas, que não melhorou. Para o segundo semestre deste ano, a maior parte delas espera que sua situação permaneça igual (43,9%). No entanto, há um viés negativo, já que, quando comparada a igual pesquisa realizada no mesmo período de 2017, há mais empresas neutras (43,9% em 2018 e 40,4% em 2017) e pessimistas (27,7% em 2018 e 21,6% em 2017) e menos empresas otimistas (27,8% em 2018 e 35,7% em 2017).
 
Quanto ao primeiro semestre, a quantidade de empresas que afirmaram que o período foi melhor que o mesmo intervalo do ano anterior (36,6%) é praticamente igual à de empresas que afirmaram que foi pior (36,1%).
 
Nas empresas de médio e grande porte, a sensação de melhora (para 47,4% e 48,0% das empresas respectivamente) é maior que a de piora (28,1% e 28,0%), mas o quadro é o inverso nas de pequeno porte (39,6% apontam piora e, 31,9%, melhora). Quando é avaliado o desempenho de variáveis específicas no 1º semestre, houve redução da produção para 36,1% e de vendas internas para 36,5%, enquanto as exportações ficaram estáveis para 38% das empresas.
 
Quando questionadas se recuperaram as vendas que deixaram de ser realizadas durante a paralisação dos caminhoneiros, em maio, 41,7% das companhias afirmaram que a recuperação foi parcial, enquanto apenas para 5,4% a recuperação foi total.
 
A pesquisa "Rumos da Indústria Paulista" ouviu 465 empresas no Estado de São Paulo.
 
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