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25/04/2022 - 10h03
Futuro do Porto de Santos depende do olhar da comunidade
Fonte: Portogente
Observe que todos os componentes do sistema são meios e que o único fim é produzir Resultados. (V. Falconi)
Ante o impasse preocupante em que se encontra o festivo programa de desestatização dos portos, o artigo do engenheiro Frederico Bussinger “Tudo junto & misturado... nos portos brasileiros” aborda essa realidade delicada, vamos dizer assim: alinhada à perspectiva do comércio marítimo internacional. A evolução tecnológica e industrial é um processo em curso que irá elevar a atividade portuária a um nível mais avançado.
Em última análise, como concluíram os portos europeus, trata-se de coletar, entender e construir pontos de vista, a fim de identificar soluções que impulsionam o progresso. E nesse sentido, Bussinger destaca haver três projetos/processos sendo ensaiados em portos brasileiros: dois instrumentais e um finalístico: desestatização/privatização, centralização e verticalização e, entretanto, assinala: “pouco se ouve falar: integração”.
Muito adequada à ilustração dessa complexa questão, a figura indiana dos três cegos descrevendo um elefante a partir do tato de partes distintas destaca a importância da integração, para perceber e tratar a competitividade logística como resultante de um conjunto de trabalho, facilidades e recursos que compõem a capacidade de movimentação na economia. De forma que os portos adotem soluções contemporâneas adequadas às mudanças de jogo atuais.
É impossível, por exemplo, entender a travessia do trânsito urbano no canal do Porto de Santos, por um serviço de balsas precário, cruzando o fluxo intenso de navios que adentram e deixam o porto, sem o controle da autoridade portuária. Ou seja, os nossos portos são elefantes mal descritos. Daí a razão do fracasso que se assiste do programa de desestatização, proposto em campanha de 2018 para alçar os portos brasileiros ao patamar dos principais asiáticos, até 2022.
No caso do Porto de Santos, é bom frisar, há propostas robustas, convergentes e contemporâneas no Portogente, para inovar exitosamente o Porto de Santos, com demonstração cristalina e em alto nível técnico. Com certeza, a competitividade portuária não tolera desaforo e o principal porto do Brasil tem pressa. Nesse contexto, é essencial para vislumbrar êxito, saber: qual horizonte os líderes do complexo portuária de Santos olham para conquistar as soluções integradas de amanhã?






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