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24/10/2016 - 07h53

Gilmar Mendes acusa justiça trabalhista de "hiperproteção"

Fonte: Valor Econômico

 
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes criticou na última sexta-feira a Justiça trabalhista, a qual acusou de promover uma “hiperproteção” do trabalhador.
 
“Tenho a impressão de que houve uma radicalização da jurisprudência, no sentido de uma hiperproteção do trabalhador, tratando-o quase como um sujeito dependente de tutela”, disse. Ele afirmou que o Brasil é um país “desenvolvido industrialmente”, com “sindicatos fortes e autônomos” e que já gerou um presidente da República “vindo da classe trabalhadora”, em referência a Luiz Inácio Lula da Silva. “Não vamos desprezar esse fato”, disse.
 
As declarações de Mendes foram dadas em entrevista coletiva após participação em evento da Associação Brasileira das Indústrias de Base (Abdib) e da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), em São Paulo.
 
Durante seu discurso para empresários, Gilmar já havia feito críticas semelhantes. Depois, a jornalistas, afirmou que houve “um certo aparelhamento do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e da Justiça trabalhista”.
 
Ele ainda rebateu as críticas de que o STF demorou para julgar o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, preso nesta semana pela Operação Lava-Jato. “Não sei se havia fundamentos naquele momento para isso (prender Cunha)”, disse, afirmando que um deputado só pode ser preso em flagrante delito.
 
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