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15/03/2019 - 01h13

Greve dos Estivadores chega ao 14º dia no Porto de Santos

Fonte: G1 Santos
 
Trabalhadores se reuniram em posto de escalação dos estivadores para discutirem sobre a continuidade da greve.


 
Estivadores do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, entram no 14º dia de paralisação contra a medida que permite que os terminais de contêineres contratem 100% dos trabalhadores com carteira assinada, sem depender de avulsos. Na tarde desta quinta-feira (14), foi organizado um encontro em prol dos direitos da classe portuária, no posto de escalação dos trabalhadores.
 
A Diretoria do Sindicato dos Estivadores da cidade (Sindestiva) também se reuniu pela manhã com o Coordenador da IDC (International Dockworkes Council) na América Latina e Caribe, Cezar Luna, para discutir a situação da classe portuária. O IDC é uma associação internacional sem fins lucrativos formada por 92 organizações de 41 países. A instituição busca manter os padrões de trabalho que melhorem o bem-estar econômico e social dos trabalhadores portuários.
 
Segundo o Sindicato, a visita da associação parte da preocupação com a situação que vem ocorrendo no Porto de Santos. Ainda de acordo com eles, a instituição reconhece a importância da paralisação dos trabalhadores pelo reconhecimento dos seus direitos e de melhores condições de trabalho.

 
O que é reivindicado
 
A demanda dos estivadores é de que a antiga proporção de mão de obra seja mantida: 75% de estivadores com carteira assinada e 25% de estivadores avulsos, registrados no Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo).
 
A greve dos estivadores teve início no dia 1º de março, quando os trabalhadores se reuniram em frente a um posto de escalação na Ponta da Praia. Ao G1, o presidente do Sindestiva, Rodnei Oliveira, explica que a paralisação será mantida até que haja uma resposta sobre a proposta dos trabalhadores. Ele também destacou que uma nova assembleia ocorrerá na próxima terça-feira (19), ás 9h, na sede do sindicato, para decidir os rumos da greve.
 
O Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) informou que as empresas estão realizando 100% de suas operações com estivadores vinculados, desde o dia 1º de março, conforme define o Acórdão de 2015 do Tribunal Superior do trabalho (TST). A Sopesp afirma que os terminais operam, mas com dificuldade, e que as empresas contam com a atuação das autoridades para garantir a lei e o direito de ir e vir de quem deseja trabalhar.
 
Sobre a decisão
 
A legislação, que regulamenta o setor, determinou a não obrigatoriedade da requisição de estivadores avulsos, que não mantém vínculos empregatícios com as empresas. O TST estabeleceu que a medida tivesse um período de adaptação no Porto de Santos. Desde 2015, a ordem judicial foi mantida e a proporção de trabalhadores vinculados passou a ser maior do que a de avulsos em empresas que compõe a câmara de contêineres do Sopesp no Porto de Santos.
 
Até 28 de fevereiro, as empresas poderiam operar com 75% de empregados próprios, contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e 25% via escalação do órgão gestor.
 
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