Fonte: JP Online



Com a aprovação da MP dos Portos, o maior desafio do governo será acelerar os investimentos em logística de forma simultânea. A construção de terminais será inútil se não houver rotas de escoamento até os complexos marítimos por meio de rodovias, ferrovias ou hidrovias.

 

A presidente Dilma Rousseff tem até o dia 5 de junho para sancionar a Medida Provisória dos Portos, após verdadeira maratona no Congresso Nacional. Empresários do setor gostaram do texto aprovado, mas ainda existe o risco de alguns pontos serem vetados pela presidente.

 

No entanto, especialistas ouvidos pela reportagem da Jovem Pan descartam essa possibilidade. Em entrevista a Anchieta Filho, o professor de Análise Econômica da FGV, Clevelando Prates Teixeira, explica porque o veto é pouco provável.

 

Analisando o texto aprovado, o professor da Fundação Getúlio Vargas alerta para o poder previsto para a Agência Nacional de Transportes Aquáticos. Clevelando Prates Teixeira destaca que a Antaq poderá definir as tarifas cobradas nos novos terminais.

 

O presidente da ABTP – Associação Brasileira de Terminais Portuários – também não acredita no veto da presidente Dilma Rousseff. Wilen Manteli avalia que a Medida Provisória atingiu seus objetivos e que, portanto, não há motivos para isso no momento.

 

Para os especialistas, mais rodovias e ferrovias facilitaria a descentralização das cargas concentradas no Sul e Sudeste para os portos do Norte e Nordeste. Nos próximos 10 anos, serão investidos R$ 44 bilhões nos portos brasileiros e R$ 10 bilhões nos portos públicos, segundo a ABTP.