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27/07/2020 - 08h37
Mulheres são mais afastadas do trabalho por pandemia que homens, segundo IBGE
Fonte: Valor Econômico


A parcela de mulheres afastadas do trabalho em junho devido à pandemia, 18,3%, se manteve muito superior à de homens nesta mesma situação (11,1%). Embora o número de trabalhadores afastados pela crise em ambos os sexos tenha caído entre maio e junho (-22%, para 11,8 milhões de pessoas), a disparidade de gênero neste quesito já havia sido verificada no segundo mês inteiro de pandemia, maio, quando 23,5% delas estavam paradas ante somente 15% deles.
Os dados são da segunda edição da pesquisa Pnad Covid-19 mensal, criada para acompanhar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e divulgada na última quinta-feira.
De acordo com o diretor adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, o percentual ainda elevado de afastamento dos trabalhadores doméstico, na imensa maioria de mulheres, explica a ajudar a diferença de percentuais.
Em junho, 22,9% dos trabalhadores domésticos estavam parados. A dinâmica se repete em outros setores mais afetados pelo distanciamento social, como o de educação, onde as mulheres são a maior parte da força de trabalho, lembra, a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
A pesquisa, que também investiga sintomas de síndrome respiratória, também identifica um peso bem maior sobre as mulheres: 57,8% delas relataram ter tido sintomas conjugados, enquanto só 42,2% dos homens teriam sido acometidos.






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