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25/09/2018 - 02h23

Ofertas de vagas para pessoas com deficiência não chegam a cargos de liderança, diz levantamento

Fonte: G1
 
Apenas 3% das posições de gestão são destinadas a pessoas com deficiência, mas volume de vagas para pessoas com deficiência vem aumentando nos últimos quatro anos.

 
As ofertas de empregos para pessoas com deficiência não estão chegando aos cargos de liderança. De acordo com levantamento do portal de empregos Vagas.com, 61% das vagas exclusivas para pessoas com deficiência são para postos operacionais e auxiliares. Há apenas 3% de oportunidades de trabalho para pessoas com deficiência para os cargos de coordenação, supervisão, gerência e direção. O estudo foi divulgado na última sexta-feira (21), que é o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência.
 
Setor público é o que menos preenche cota de vagas para pessoas com deficiência
 
Em relação às vagas que não são reservadas para pessoas com deficiência, 25% das vagas são para níveis operacionais e auxiliares, enquanto 10% são destinadas a coordenadores, gerentes, supervisores e diretores.
 
"Os números mostram que ainda poucas empresas se preocupam em dar espaço para profissionais com deficiência em posições de liderança. A lei de cotas é um grande avanço e muito importante para o acesso e inclusão, mas as empresas precisam criar mais vagas nesse sentido", afirma Rafael Urbano, especialista em inteligência de negócios da vagas.com.
 
A Lei 8213/91 determina que empresas de 100 funcionários ou mais incluam de 2% a 5% dos cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiências habilitadas na seguinte proporção:
 
• até 200 empregados: 2%
 
• de 201 a 500 empregados: 3%
 
• de 501 a 1.000 empregados: 4%
 
• de 1.001 em diante: 5%
 
Segundo o portal Vagas.com, o volume de vagas para pessoas com deficiência vem aumentando nos últimos quatro anos. Comparando os anos de 2016 e 2017 (janeiro a agosto), a quantidade de oferta cresceu 11%. Já em 2018 atingiu o seu maior nível, chegando a 7.328 vagas ofertadas, uma evolução de 16% frente a 2017.
 
No portal, há 144 mil currículos cadastrados de candidatos portadores de deficiência. Do total de candidatos, 6,7% são pós-graduados, 44,9% com formação superior, 6,8% com ensino médio profissionalizante, 38,2% com ensino médio e 3,4% com ensino fundamental.
 
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