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16/02/2018 - 04h31

Papa propõe reduzir para 60 anos idade para saque do FGTS

Fonte: AssCom Deputado João Paulo papa
 
Atualmente, o trabalhador pode realizar a retirada ao completar 70 anos; proposta consta em relatório apresentado pelo parlamentar 
 
 
O deputado federal João Paulo Papa (PSDB-SP) apresentou, na semana passada (06), proposta que visa diminuir a idade mínima para o trabalhador sacar o FGTS, dos atuais 70 anos para 60 anos. A ideia consta no substitutivo ao Projeto de Lei 641/2015, relatado pelo parlamentar na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (CIdoso) da Câmara dos Deputados. A proposta será votada assim que as Comissões Permanentes forem reinstaladas, o que deve ocorrer no começo de março.
 
A proposta original previa diminuir a idade para 65 anos. Porém, antes de apresentar o relatório, Papa promoveu uma consulta em seus perfis nas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter) com pessoas interessadas ao tema. Foram 300 participações, e mais de 90% dos internautas defenderam a redução. “Em tempos marcados pelas novas tecnologias de comunicação, trata-se, seguramente, de uma forma de aprofundar o sentido da democracia representativa”, detalhou.
 
O deputado também observou, na produção do texto substitutivo, que o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) prevê, em seu artigo 1o, que são considerados idosos os brasileiros que possuem idade igual ou superior a 60 anos. “Assim, propus equalizar as legislações sobre o FGTS e a pessoa idosa”. 
 
Ainda segundo Papa, a proposta é benéfica pois nem sempre, pela legislação em vigor, o trabalhador consegue se aposentar antes dos 70 anos. Ele afirma que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) aponta para um crescimento importante do número de trabalhadores com 60 anos ou mais ativos no mercado de trabalho, acompanhando a tendência geral de envelhecimento da população.
 
“Assim, entendo como positivo antecipar o prazo de movimentação das contas vinculadas do FGTS em favor dessa parcela da população, para que ela possa usufruir do patrimônio acumulado, fazer investimentos em sua atualização e capacitação profissional para continuar ativa no mercado de trabalho, e até mesmo investimentos complementares à sua aposentadoria”, finalizou o deputado.
 
Aprovada na CIdoso, a proposta será analisada, em seguida, pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação e Constituição e Justiça. O texto está sujeito à apreciação conclusiva nestes colegiados.
 
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