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20/10/2020 - 08h43

Para apoiar inclusão, empresas e funcionários discutem "nova masculinidade"

Fonte: UOL
 
Na busca por ambientes de trabalho mais inclusivos e igualitários, empresas como Creditas e Qintess perceberam que não basta apenas contratar mais mulheres. É necessário também focar nos homens.
 
"Precisamos trazê-los para essa conversa, principalmente em relação à questão de gênero", afirma Ana Cristina Barcellos Rodrigues, gerente de remuneração, performance e diversidade na Klabin, do setor de celulose. "Homem também é um gênero e é parte da discussão. Ele precisa fazer parte da reflexão e da solução."
 
A solução passa pela criação de um novo modelo de masculinidade, descartando valores atualmente ligados a esse conceito que podem afetar o clima organizacional, como a pouca comunicação ou cooperação.
 
"É necessário expandir o que significa ser homem. Existem milhões de recortes possíveis", afirma Pedro de Figueiredo, fundador do Memoh, consultoria especializada no tema.
 
Desaprendendo o que foi ensinado a vida toda
 
Líderes de RH estão se empenhando para descobrir, junto com colaboradores, qual é esse novo modelo. Não é uma tarefa fácil. "Geralmente, o homem não se enxerga como alguém que não respeita os outros. Existe uma dificuldade inicial de se entender como parte do problema", afirma Ana Cristina.
 
Para Leticia Fontoura Cupertino Valiente, gerente de capital humano da empresa de tecnologia de negócios Qintess, vencer essa barreira exige desconstruir anos e anos de experiências que privilegiaram e isolaram o homem.
 
"Ao longo da vida, vamos recebendo informações que acabam por reforçar uma cultura masculinizada, de força e opressão", explica. "Então, constantemente, escutamos comentários ou presenciamos cenas que reforçam características supostamente 'de homem' - em geral, relacionadas à força física, à violência e à supressão de sentimentos".
 
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