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15/10/2019 - 03h47

Portuários preparam greve nacional

Fonte: AssCom Sindogeesp / Denise Campos De Giulio



Insatisfeitos com a política de privatização dos portos públicos, com o descaso dos órgãos federais competentes diante da crítica e já pré-falimentar situação do Portus - Instituto de Seguridade Social, e principalmente com a falta de diálogo por parte do governo de Jair Bolsonaro para a discussão de um modelo portuário brasileiro que atenda não apenas os interesses dos empresários, mas também da classe laboral, lideranças sindicais do setor articulam uma greve nacional.
 
Articulado pelas três maiores entidades representativas da categoria no país, Federação Nacional dos Portuários (FNP); Federação Nacional dos Estivadores (FNE); e Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas Atividades Portuárias (FENCCOVIB), o movimento paredista prevê a suspensão das atividades em todos complexos portuários brasileiros.
 
A decisão de paralisar o sistema portuário nacional em protesto contra a política portuária do atual governo foi deliberada na Plenária Nacional dos Portuários, realizada nos dias 29 e 30 de agosto, em Brasília. Para tanto, nesta segunda-feira (14) uma circular foi encaminhada pelas federações aos respectivos sindicatos filiados.
 
Assinado pelos presidentes Eduardo Guterra (FNP), José Adilson Pereira (FNE) e Mário Teixeira (FENCCOVIB), o expediente ratifica as decisões tomadas na Plenária, bem como orienta os sindicatos quanto à convocação das assembleias e demais tramitações em fiel observância à Lei de Greve (7.783/89).
 
Os trabalhadores também estão descontentes com a flexibilização do trabalho provocada pela Reforma Trabalhista, assim como com as mudanças anunciadas pelo Planalto para a chamada "Área do Porto Organizado", poligonais definidas na Lei dos Portos (12.815/13) como instalações portuárias e de infraestrutura, proteção e acesso aos portos.
 
Ainda sem data estabelecida e prevista para ocorrer de forma escalonada, inicialmente com 6, depois com 12 e por último com 24 horas de suspensão das operações, a greve nacional poderá ser evitada caso o Governo Federal atenda as reivindicações da categoria.
 
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