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10/06/2020 - 08h23

Práticos adotam novas medidas para evitar o contágio da Covid-19 no Porto de Santos, SP

Fonte: G1 Santos
 
Túnel de sanitização garante mais segurança nas operações portuárias. Roupa especial também é utilizada cada vez mais.


 
Os práticos são os primeiros a entrar em contato com a tripulação dos navios que chegam ao Porto de Santos, localizado no litoral de São Paulo e o maior do País. Os riscos de contágio do novo coronavírus são altos, por isso, as medidas de prevenção vêm sendo ampliadas. Além de embarcar com a roupa completa e máscara, os práticos estão passando um túnel de sanitização que garante mais segurança nas operações.
 
O equipamento foi instalado na Ponte da Praticagem no Centro de Operações, na Ponta da Praia, em Santos. Segundo a Praticagem, são feitas cerca de 1300 manobras mensais nas zonas de Santos e São Sebastião. Antes e depois de cada manobra, práticos, marítimos e colaboradores recebem uma névoa de produto químico que garante proteção contra a Covid-19.
 
O equipamento também é usado também em hospitais, empresas e em navios, permite a sanitização de roupas, calçados e acessórios das pessoas em deslocamento, por meio de um sistema de pressão e vazão, mais eficiente do que a pulverização tradicional. Os produtos utilizados não trazem riscos à saúde e seguem as normas técnicas da Anvisa.
 
Quando há suspeitas de tripulantes com a doença nos navios, os práticos passam no túnel, inclusive, com as roupas (macacões) e óculos especiais para garantir uma proteção maior. Segundo a Praticagem, a roupa especial tem um custo muito alto e deve ser descartada depois do uso.
 
Mas, o presidente da Praticagem do Estado de São Paulo, Carlos Alberto de Souza Filho, diz que a roupa não é viável em todas as operações, apenas quando há casos suspeitos.
 
“Mais importante do que a questão financeira é o aumento do risco que ocorre como uso da roupa e de óculos especiais de proteção que prejudicam a mobilidade do prático e tiram uma parte da visão periférica, o que pode ser perigoso no momento de transição do prático entre a lancha e o navio e vice-versa. É um momento crítico que demanda muita atenção e cuidados, vários práticos já perderam a vida nessa passagem”, disse ele, em nota.
 
A Praticagem de São Paulo também está desinfetando todas as instalações, incluindo a sede, o estaleiro e as lanchas. O produto faz uma proteção em média por 15 dias, eliminando a possibilidade de o vírus ficar depositado em locais de acesso.
 
Mesmo com as medidas de prevenção, os riscos de contaminação continuam. A Praticagem diz que muitos navios não informam se há casos suspeitos de Covid-19 a bordo e os tripulantes não usam máscaras, o que coloca em risco os práticos, suas famílias, colaboradores e toda comunidade.
 
O órgão defende que haja uma fidelidade maior ao Regulamento Sanitário Internacional e que o navio vá para um fundeadouro para que os técnicos da Anvisa possam subir a bordo e verificar as condições sanitárias.
 
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