Notícias

05/08/2020 - 08h47

Receita de operadores logísticos portuários cresce 23,8%, segundo pesquisa da Abol

Fonte: Abol


 
Uma pesquisa sobre o perfil dos operadores logísticos no Brasil realizado pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), apontou uma receita operacional bruta total de R$ 100,8 bilhões anuais, com faturamento médio de R$ 366 milhões por empresa. A primeira versão da pesquisa, em dezembro de 2018, apresentava uma receita total de R$ 81,4 bilhões, com um faturamento médio de R$ 302,6 milhões por empresa.
 
O trabalho foi coordenado por Paulo Resende, professor de Logística, Transporte e Planejamento de Operações e Supply Chain, coordenador do Núcleo de Infraestrutura, Supply Chain e Logística da FDC e pesquisador responsável pela Plataforma de Infraestrutura em Logística de Transportes (Pilt) e compreendeu um universo total de 275 empresas. “De 2018 para 2020 tivemos um aumento de 23,8% na receita operacional bruta, o que mostra que o setor dos operadores logísticos é um dos que mais cresce no Brasil. Também é expressivo o crescimento do faturamento médio por empresa, que é de 21%, o que nos diz que trata-se de um setor que tem uma participação cada vez mais dilatada no Produto Interno Bruto (PIB)”, analisa Resende.
 
De acordo com ele, outro dado do setor que chama a atenção é variedade de mercados de atuação dos operadores logísticos brasileiros, que vai desde o comércio eletrônico e os serviços bancários até a área de commodities e petróleo e gás. “Essa diversidade deixa claro que os operadores logísticos fazem parte da economia brasileira de uma maneira bastante enraizada”, destaca, indicando que o mercado é um dos que mais emprega atualmente, gerando aproximadamente 1,5 milhão de postos de trabalho diretos e indiretos.
 
Além disso, o setor arrecada R$ 14,7 bilhões em tributos e R$ 11,5 bilhões em encargos trabalhistas. Segundo Resende, os valores são altos, e essa situação se agrava pelo fato de os operadores logísticos não terem uma Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) própria, estando sujeitos a uma sobreposição de tributações e encargos em função das diversas atividades que executam. “Por isso, é fundamental a regulamentação da atividade de operador logístico para que a bitributação deixe de acontecer”, afirma, fazendo alusão ao Projeto de Lei nº 3.757/2020, que visa regulamentar a atividade no Brasil.
 
Assista a apresentação da pesquisa na íntegra aqui.
 
Imprimir Indique Comente

« Voltar

Galeria de
Imagens

Ver todas