Fonte: Extra

 

O saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) — no valor de até R$ 1045 — foi garantido neste segunda semestre a todos os trabalhadores com saldo em contas ativas e inativas, como medida para combater à crise do novo coronavírus. No entanto, nem todos desejam retirar o dinheiro do fundo. Nesse caso, é preciso comunicar à Caixa Econômica Federal sobre a decisão. Até o momento, cerca de 465 mil trabalhadores realizaram o cancelamento do crédito, segundo o banco.

 

O comunicado à Caixa deve ser feito até dez dias antes do início de seu calendário de crédito (confira abaixo). O dinheiro é depositado em uma conta poupança social digital aberta exclusivamente para isso, de acordo com o mês de nascimento do trabalhador. Se o aviso de que não deseja fazer o saque é dado ao banco dentro do prazo, o dinheiro nem chega a sair do FGTS.

 

Para informar que não deseja realizar a retirada, o trabalhador deve acessar o site do FGTS (fgts.gov.br) ou usar o aplicativo App FGTS, informando o CPF ou o NIS (PIS/Pasep); digitar a senha (ou cadastrar uma, caso não a tenha); e, depois de visualizar o valor disponível, clicar no botão "Não quero receber".

 

Se o trabalhador perder o prazo de informar à Caixa, o crédito será feito na poupança social digital. Ainda assim, se ele não quiser sacar os recursos, bastará deixar essa conta sem qualquer movimentação até 30 de novembro de 2020. Depois disso, o valor vai retornar à conta vinculada de FGTS, com a devida correção.

 

O saque emergencial do FGTS pode ser uma oportunidade de quitar dívidas ou ter uma renda no momento de crise, mas quem não está precisando do dinheiro pode ter uma boa rentabilidade mantendo a quantia no Fundo de Garantia. Isso porque o rendimento do FGTS é de 3% ao ano — maior do que o de outras aplicações sem risco que se guiam pela taxa básica de juros (Selic). Esta atingiu a mínima histórica de 2,25% ao ano.