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14/02/2022 - 09h55

Secretário de SP nega disputa política e diz que Santos e Guarujá podem ter ponte e túnel

Fonte: A Tribuna On-line
 
João Octaviano Machado Neto rejeita duelo entre Estado e União sobre as obras
 
O secretário de Logística e Transportes de São Paulo, João Octaviano Machado Neto, negou nesta sexta-feira (11) qualquer disputa política entre Estado e União sobre a ligação seca entre Santos e Guarujá. A declaração ocorre um dia após o governador João Doria (PSDB) ameaçar ir à Justiça para garantir a construção de uma ponte e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, garantir que um túnel submerso será o responsável por viabilizar a ligação entre as duas margens do Porto de Santos.
 
Em entrevista para A Tribuna, Machado Neto reforçou a ideia de que os dois projetos têm condições de ser construídos. Em relação à ponte, ele afirma que as obras já poderiam ter iniciado, caso houvesse autorização do Governo Federal - o projeto foi apresentado à União em novembro de 2020 (detalhes ao lado) e tem previsão de investimento de R$ 3,9 bilhões.
 
"Não tem nenhuma disputa (política), nunca houve. Isso é falácia. O Estado nunca falou que era contra o túnel. Somos a favor da ponte porque é uma solução que já está pronta, é viável tecnicamente e absolutamente competente para a questão da travessia", diz o secretário.
 
Ainda sobre a possibilidade dos dois projetos serem executados, Machado Neto entende que túnel e ponte podem se complementar na ligação entre as duas cidades.
 
"Eu acho viável (ponte e túnel) porque você tem um problema de mobilidade urbana e um problema de logística, ligando as duas margens do Porto. Um projeto não inibe o outro, de forma alguma. Você tem espaço para duas ligações, cada uma com a sua vocação, para melhorar a conexão dos dois lados do Porto e a conexão entre Santos e Guarujá. São soluções que se complementam".
 
Por fim, o secretário de Logística e Transportes explicou que a construção da ponte se daria por meio de uma atualização do contrato firmado com a concessionária Ecovias, responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) e que também ficaria à cargo das obras da ponte.
 
"É um aditamento ao contrato. A iniciativa privada, por meio do consórcio que administra a Anchieta-Imigrantes, faz a obra, com seu próprio recurso, e depois o Estado faz com que você tenha o contrato reequilibrado".
 
Histórico
 
Na quinta-feira, o governador Doria disse que, caso o início das obras da ponte não seja autorizado pela União até o fim de março, ingressará com uma ação no Poder Judiciário. O governador também reforçou que um projeto não impede o outro, abrindo possibilidade para duas ligações secas.
 
Mas, da semana passada para cá, tanto Tarcísio quanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstram preferência pela construção de um túnel submerso, que viria junto com o pacote da desestatização do Porto de Santos, programada para ocorrer no segundo semestre deste ano. Essa obra teria o custo de R$ 3 bilhões.




 
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