Fonte: Folha de S. Paulo



Após a votação da Medida Provisória dos Portos, o senador Agripino Maia (DEM-RN) afirmou que vai continuar tentando anular a sessão desta quinta-feira (16).

 

"Nossa demanda está no Supremo. Vamos anular essa votação", afirmou Maia.

 

Após mais de 40 horas de análise na Câmara que só terminou na manhã de hoje, a votação no Senado foi rápida, durou cerca de 7 horas.

 

No início da tarde, DEM, PSDB e PSOL ingressaram no Supremo Tribunal Federal com um mandado de segurança para que o tribunal conceda liminar impedindo a votação ou que anule a aprovação da medida.

 

A oposição reclamou que o presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), impediu que os parlamentares falassem. A oposição tinha a intenção de obstruir o processo de votação porque a medida perdia validade meia-noite de hoje.

 

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que a presidência foi democrática e deixou que opositores à medida falassem mesmo em momentos em que não era permitido pelo regimento.

 

"A oposição não foi desrespeitada", afirmou Oliveira, garantindo que a Mesa do Senado não vai mais permitir que uma matéria seja analisada na casa em menos de sete dias.

 

A medida foi aprovada por 53 votos a favor no Senado. Dois membros da oposição, que tinha orientado a bancada a obstruir a votação, votaram a favor: Jayme Campos (DEM-MT) e Paulo Bauer (PSDB-SC). O senador Aécio Neves (PSDB-MG) não votou.

 

Dos sete votos contrários, dois vieram de senadores de partidos da base: Pedro Simon (PMDB-RS) e Pedro Taques (PDT-MT). O senador Roberto Requião (PMDB-PR) que se posicionou contrário à medida, não votou.