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09/11/2018 - 01h47

Servidores fazem ato contra extinção do Ministério do Trabalho

Fonte: Extra
 
Secretários-estaduais divulgaram nota criticando decisão


 
Servidores do Ministério do Trabalho fizeram ato na tarde desta quinta-feira contra extinção da pasta, anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro . Em uma manifestação pacífica, eles deram um abraço coletivo à sede do ministério. O grupo cantou o Hino Nacional e gritou palavras de ordem como 'fica, ministério'.
 
A manifestação foi organizada pelos próprios servidores do órgão. Após o abraço ao prédio, eles chegaram a interditar o trânsito na Esplanada dos Ministérios por cerca de 10 minutos. O Detran foi acionado, e a via liberada sem resistência dos manifestantes.


 
Também nesta quinta, o Fórum Nacional das Secretarias de Trabalho (Fonset), entidade que reúne os titulares da pasta nos estados, divulgou nota manifestando preocupação com a decisão. Os secretários estaduais alegam que receberam a informação "incrédulos", diante do "cenário atual de desemprego que assola o país".
 
Na nota, o Fórum destaca a importância das políticas públicas de emprego executadas pela pasta, como a intermediação de mão-de-obra realizada pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine), em parceria com os governos regionais.  
 
"Como um futuro presidente que se declara um nacionalista, um patriota, retira o Ministério que protege o trabalhador e as relações trabalhistas no que tange aos direitos e às políticas de emprego e renda, seguro desemprego, carteira de trabalho, Sine e ainda uma vasta parceria com os estados em qualificação e captação de vagas", diz a nota.
 
O ministério poderá ser desmebrado em três partes. A parte da fiscalização, que envolve direitos trabalhistas e combate ao trabalho infantil e ao trabalho escravo, deve migrar para o ministério da área social do novo governo — que ainda está sendo formatado.
 
A nova pasta deverá abarcar o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Direitos Humanos, Assistência Social e Família. A equipe de Bolsonaro já sinalizou que esse novo ministério deve ser comandado pelo senador Magno Malta (PR-ES), que não foi reeleito.
 
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