Fonte: Folha de S. Paulo

Com exceção da soja em grão, ainda não foi desta vez que as commodities foram capazes de propiciar um ganho expressivo para a balança comercial do país.

 

Dados do Ministério do Desenvolvimento apontam que, em março, pelo critério de média diária, o valor dos embarques da oleaginosa avançou robustos 73,4% em relação ao mesmo mês de 2013, reflexo da colheita avançada nos Estados do centro-sul.

 

O volume embarcado de 6,23 milhões de toneladas foi recorde para o mês. No complexo soja, a receita do farelo apresentou alta de 23,3%, mas a do óleo recuou 21,1%, sempre na média diária.

 

Ainda no terreno das maiores contribuições para a balança, o couro apresentou um crescimento de 39,6%.

 

O complexo carnes teve desempenho acanhado no terceiro mês do ano. Em receita aferida pela média diária, os exportadores de cortes "in natura" de suínos e bovinos superaram igual período de 2013 em 4,5% e 2,7% respectivamente. O frango, porém, registrou baixa de 13,4%.

 

Em meio ao receio dos efeitos na demanda do novo modelo econômico que se desenha para a China –com mais equilíbrio entre consumo e obras de infraestrutura–, os embarques de minério de ferro ficaram praticamente estáveis, com alta de 0,7% na receita por média diária.

 

Nessa base, a exportação total de petróleo recuou 20,4%. A de alumínio, 32,5%.

 

Outros agrícolas de tradição também tiveram retração em março, sempre na comparação com igual mês de 2013 pelo critério de média diária, que leva em conta somente os dias úteis de negócios: fumo em folhas (36,6%), suco de laranja (36,9%), algodão (38,3%) e milho (72,8%).