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05/08/2020 - 08h43

SPA devolve taxa de inscrição após anular concurso público com irregularidades

Fonte: G1 Santos
 
Candidatos devem solicitar a taxa por meio da internet. Concurso foi anulado porque os critérios prejudicaram candidatos negros, pardos ou com deficiência.


 
A Santos Port Authority (SPA), a autoridade portuária em Santos, no litoral de São Paulo, começou a promover a devolução das taxas de inscrição do concurso público em 2017. O Ministério Púlbico Federal anulou o certame após identificar que foram utilizados critérios que prejudicaram candidatos negros, pardos ou com deficiência.
 
Em março deste ano, a SPA reconheceu que cometeu irregularidades no concurso público, realizado para o preenchimento de 29 vagas e formação de cadastro reserva, e concordou com a anulação do certame. Além da anulação do concurso, a companhia foi obrigada devolver os valores de inscrição pagos e desconstituir eventuais vínculos funcionais firmados com candidatos aprovados.
 
Desde segunda-feira (3), a SPA começou o processo para devolução das taxas. Os candidatos precisam entrar no site da autoridade portuária e preencher um formulário. Para cargos de nível superior será devolvido o valor de R$ 50 e para os cargos de nível médio será R$ 40, além da atualização monetária. Os pleitos de restituição poderão ser realizados até o dia 9 de setembro.
 
Caso
 
O caso chegou a um desfecho após dois anos e meio de disputa judicial. Em agosto de 2017, o Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil púbica e demonstrou que o modo como a nota de corte foi aplicada impossibilitou o preenchimento do mínimo de vagas que a legislação reserva para candidatos negros, pardos ou com deficiência.
 
O procurador da República Ronaldo Ruffo Bartolomazi, responsável pelo processo, reafirmou o pedido de anulação ao constatar mais irregularidades. As investigações apontaram que 56 cotistas haviam sido desclassificados a partir de avaliações ilegais realizadas por uma comissão verificadora dos perfis raciais autodeclarados.
 
A decisão veio após reunião de representantes da empresa com o MPF, que enviou uma petição à 1ª Vara Federal de Santos solicitando que a manifestação da Codesp fosse homologada e, consequentemente, que os pedidos formulados na ação fossem julgados procedentes.
 
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