Fonte: O Globo

 

Renda feminina recua 0,4%, enquanto masculina tem alta de 1,7%

 

A taxa de desemprego entre as mulheres foi de 15% entre as mulheres no primeiro trimestre de 2018, bem acima dos 11,6% dos homens. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), compilados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE. Na média, o desemprego ficou em 13,1% no primeiro trimestre do ano. Apesar de elevada, a taxa de desemprego feminino recuou frente ao início de 2017, quando estava em 15,8% (a masculina era de 12,2%).

 

O desemprego é tradicionalmente maior entre as mulheres. Ao lado dos jovens e dos pretos e pardos, a população feminina é das mais afetadas pela falta de oportunidades no mercado de trabalho.

 

- Por mais que se gere empregos, tem mais mulheres proporcionalmente buscando trabalho. Isso explica um pouco essa diferença na taxa de desemprego. Além disso, a diferença tem a ver com as condições do mercado de trabalho. A construção civil, que é um setor intensivo em mão de obra masculina, está começando a se recuperar. Por outro lado, o emprego doméstico, em que as mulheres estão muito presentes, ainda não tem esse movimento - explica a pesquisadora do Ipea Maria Andréia Parente Lameiras, uma das autoras do estudo.

 

Na avaliação da pesquisadora, a tendência é que essa diferença vá se reduzindo ao longo do tempo. Isso porque há cada vez mais mulheres no mercado de trabalho, e elas estão cada vez mais escolarizadas.

 

- Espera-se que essa diferença seja cada vez menor no futuro.

 

Renda de trabalhadoras é menor que a de trabalhadores

 

Se o desemprego é maior por um lado, a desiguladade aparece também na renda, menor que a dos homens. O rendimento médio real feminino caiu 0,4% no primeiro trimestre, frente a igual período de 2017, para R$ 1.853, enquanto o masculino teve alta de 1,7%, para R$ 2.408.