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13/12/2017 - 08h57

Texto final da Reforma da Previdência pode ser ainda pior

Fonte: CUT
 
“Tudo que vem de Brasília prejudica os trabalhadores em especial os que ocupam funções mais precárias, mesclam períodos de emprego formal, informal e desemprego", afirma Graça Costa

 
Divulgada pelo governo como uma forma de acabar com privilégios, a nova proposta de reforma da Previdência do ilegítimo e golpista Michel Temer (PMDB-SP) na verdade prejudica os mais pobres e pode ser ainda pior do que o texto aprovado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
 
“Nenhuma proposta feita até agora pelo golpista Temer preserva os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras que ganham menos, sofrem mais com a alta rotatividade e os longos períodos de desemprego”, afirma a secretária Nacional de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, que alerta: e pode piorar ainda mais.
 
Segundo a secretária, é preciso ter clareza de duas coisas nesta discussão da reforma Previdência:  as mudanças propostas não mudam o caráter prejudicial à população mais pobre que continuará sendo muito penalizada; e há um ponto mais grave que não está chamando a atenção das pessoas: “até agora, nós não sabemos o tamanho do prejuízo. Nós só conheceremos as reais mudanças quando o texto legislativo for apresentado do Plenário da Câmara”, afirma Graça.
 
Ela se refere ao fato de que o texto da PEC 287/2016 que está tramitando é o que foi aprovado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados em maio deste ano. A proposta final, que pode ser mais cruel para a classe trabalhadora é definida no plenário da Casa.
 
“Tudo que vem de Brasília prejudica os trabalhadores, em especial os que ocupam funções mais precárias, mesclam períodos de emprego formal, informal e desemprego”, conclui Graça.
 
O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, concorda com a avaliação da dirigente da CUT. Ele diz que “para o governo não interessa aprovar a proposta que eles estão vendendo na mídia”. Gabas lembrou a fala do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que disse se não aprovar o projeto original, que previa 25 anos de contribuição, é melhor não aprovar nada.
 
País não está quebrado
 
Gabas contesta ainda os argumentos do governo de que as contas públicas não estão fechando, que o país está quebrado e que se a Reforma da Previdência não for aprovada o sistema da previdência vai falir, lembrando da  Medida Provisória (MP 783), que isenta dívidas milionárias previdenciárias de empresas.
 
“Quem tá quebrado não perdoa dívidas, cobra! O governo abriu mão de um trilhão de arrecadação, duas vezes o que ele quer economizar com a reforma da Previdência. Não existe nenhum compromisso com equilíbrio de conta ou com a previdência. O compromisso do governo é entregar para a iniciativa privada a nossa proteção social”, destacou Gabas.
 
Tanto Gabas quanto Graça dizem que a decisão da CUT e das centrais na manhã da última sexta-feira (8) foi acertada. 
 
“Só com muita mobilização e manifestações é que a gente pode conseguir barrar esse desmonte e garantir que os trabalhadores e as trabalhadoras possam se aposentar. A jornada de luta será fundamental para denunciarmos todas as atrocidades deste governo”, finaliza Graça.
 
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