Fonte: G1 Santos

 

A garantia é da administração municipal. Mais de 500 funcionários ficaram sem emprego com o início da desativação da estatal.

 

As empresas que vão substituir a Companhia Cubatense de Urbanização e Saneamento (Cursan) nos serviços públicos em Cubatão, no litoral de São Paulo, deverão dar prioridade a trabalhadores da cidade. Segundo a Prefeitura, as contratações também devem ocorrer pelo Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT).

 

Em um encontro com a Comissão de Desempregados, a administração municipal informou ter estabelecido essa garantia. A desativação da Cursan, que acumula dívidas que impedem a manutenção de contratos, fez com que pelo menos 500 trabalhadores fossem demitidos. A maior parte atendia às escolas municipais.
 

“Se nós temos mantido gestões com as outras empresas da cidade para que recorram ao cadastro do PAT, não podemos agir de outra forma quando se trata de empresas que nós contratamos”, disse o secretário de Emprego e Desenvolvimento, Benaldo Melo de Souza. Ele participou do encontro com os trabalhadores.
 

Na ocasião, a Comissão de Desempregados apresentou uma lista de reivindicações. Entre elas, estão a realização de um feirão de emprego, criação de passe livre para transporte, restaurante Bom Prato, garantias do PAT para trabalhadores da cidade em lei e cursos de qualificação.
 

Desligamento
 

Apesar de falar no processo de desativação da Cursan, o prefeito da cidade Ademário Oliveira (PSDB), adiou em um mês o fechamento da empresa. “Nós decidimos dar 30 dias para que medidas sejam tomadas e ideias sejam dadas para que a empresa se salve”, disse. O prazo termina no próximo dia 27.
 

Um levantamento realizado pela administração municipal aponta que o prejuízo da empresa está acumulado, até 2016, em R$ 109.622.897,97 - a metade deste valor incide em tributos federais. Em um intervalo de dez anos, a firma deixou de apresentar resultado positivo de R$ 615 mil para R$ 20,4 milhões negativos.
 

A Cursan é uma empresa mista e possui participação da administração municipal. Legalmente, a firma somente pode firmar contratos com prestação de serviços com entes públicos municipais. Os atuais dois em vigor eram os da Secretaria de Educação (auxílio na merenda e limpeza das escolas).