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09/12/2021 - 10h17
Variante Ômicron não é único ponto de atenção à cadeia logística, avalia Maersk
Fonte: Portos e Navios
Empresa trabalha avaliando cenários que possam impactar a cadeia global e do transporte marítimo de contêineres, ainda pressionados pelas altas demandas de consumo durante a pandemia.
A Maersk avalia que a variante Ômicron não é o único ponto de preocupação quanto a novos estresses na cadeia logística mundial. O presidente da Maersk na costa leste da América do Sul (ECSA), Julian Thomas, disse que a nova variante é mais um exemplo de eventos que podem impactar, porém ainda é cedo para avaliar como ela afetará a logística mundial. Thomas ressaltou que a empresa trabalha avaliando outros cenários que possam impactar a cadeia global, como os congestionamentos nos portos da costa oeste dos Estados Unidos. Ele lembrou que o encalhe do Ever Given fechou o Canal de Suez por uma semana, com reflexos por três meses.
‘Sabemos que China tem uma política de zero tolerância para Covid e estão implementando lockdowns pontuais na localidade em que se detecta a variante, podendo impactar cadeia em determinado espaço geográfico’, analisou Thomas, nesta quarta-feira (8), em entrevista a jornalistas.
A Maersk não espera uma baixa temporada (low season) do transporte porque a demanda é continuada. O cenário dependerá se haverá lockdowns ou outras medidas. Ele citou que a questão do bloqueio de carne da exportação brasileira para China melhorou a situação de demanda no sentido de ter um pouco mais de capacidade ‘A demanda ainda continua muito forte e com isso não resolveu o problema. Não é esse tipo de solução de problema que queremos’, comentou.
A empresa avalia que durante a pandemia os portos brasileiros se mantiveram funcionando normalmente e somente os navios vindos de fora (longo curso) tem suas proformas comprometidas devido ao congestionamento internacional. ‘Neste momento ainda não detectamos uma grande onda de lockdowns [no mundo]. As notícias são mais otimistas no sentido de que o vírus é mais facilmente transmitido, mas o impacto sobre vacinados é menor do que se poderia esperar. Isso não garante que não teremos impacto no futuro’, concluiu.






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